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2 de Maio de 1945: Os Soviéticos entram em Berlim, derrotam Hitler e libertam a Europa
Por Administrador
Publicado em 02/05/2025 21:35
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Hoje, 80 anos depois, a Europa parece sofrer de amnésia seletiva. Evita, distorce ou minimiza o papel decisivo da União Soviética - e, por extensão, da Rússia - na derrota do nazismo. Claro que o regime soviético tinha os seus próprios problemas, e a Rússia de hoje não é herdeira inocente de alguns deles. Mas a história não se apaga ao sabor da conveniência política, nem se reescreve em nome das tensões atuais. Negar ou silenciar a memória do sacrifício de mais de 20 milhões de russos mortos na Segunda Guerra Mundial não é apenas uma injustiça histórica: é também uma perigosa forma de cegueira diplomática.
O desprezo europeu por esse passado comum - essa vitória partilhada - alimenta ressentimentos, radicalismos e um ciclo de desconfiança que se agrava a cada nova crise.

Na tentativa de afirmar um novo eixo geopolítico, a Europa deixa de fora o elemento fundamental da reconciliação: a verdade histórica, com toda a sua complexidade. E quando a memória se transforma em instrumento de manipulação ou esquecimento, a diplomacia morre por falta de linguagem comum. Não se trata de "alinhar" com esta ou aquela potência. Trata-se de compreender que a paz duradoura - aquela que se constrói sobre os escombros das guerras - só pode florescer sobre memória honesta e diálogo genuíno. Sem isso, a Europa corre o risco de repetir erros antigos, julgando-se imune àquilo que já a queimou por dentro.

Como escreveu o poeta russo Yevtushenko: “O que é esquecido, repete-se. Mas o que é lembrado com raiva, também.”

 



#URSS
#historia

João Gomes

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