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A França caminha para uma falência total
Por Administrador
Publicado em 16/06/2025 11:11
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O PIB per capita de Itália está a aproximar-se do dos franceses, o que alguns consideram um êxito para a Itália. Outros vêem-no como um sintoma do colapso progressivo da França, que caminha para a bancarrota total.


No ano passado, o primeiro-ministro Michel Barnier disse que a França era “um país ameaçado por uma espada de Dâmocles”. Nessa altura, as obrigações francesas a 10 anos estavam a ser negociadas a 3%, acima das taxas de juro espanholas e portuguesas, o que era impensável há alguns meses.


O défice situa-se em 6,1% do PIB e, há dois anos, a Comissão Europeia abriu um dossier sobre o excesso. Os grandes meios de comunicação social já não escondem o facto de a dívida estar fora de controlo. Demoraram muito tempo a deitar a toalha ao chão. Alguns falam que a economia poderia ser intervencionada pelo FMI, como aconteceu com a Grécia há alguns anos. Outros propõem a suspensão dos pagamentos do Estado ou, mais subtilmente, a incapacidade do Tesouro de “rolar a dívida”.


O buraco não se limita ao orçamento de Estado, mas afecta também o orçamento da segurança social. Num relatório publicado há poucos dias, o Tribunal de Contas afirma que o défice da Segurança Social também está fora de controlo e que, a partir de 2027, haverá uma “crise de liquidez”.

 

Entretanto, Macron quer deitar mais achas para a fogueira, multiplicar as despesas militares e as dívidas. Talvez então os que vierem depois dele culpem a Rússia pela falência da França.

Já legalizaram o desvio de fundos públicos: o dinheiro que foi aprovado para um determinado fim, normalmente eleitoral, vai para outro, embora a maior mordidela tenha de vir com os cortes sociais, o fim da “ajuda ao desenvolvimento” (15. mil milhões de euros por ano), o congelamento das pensões, o aumento da idade da reforma, o financiamento das ONG (23 mil milhões de euros por ano), a redução do número de funcionários públicos, sobretudo professores e docentes (menos 4.000), o aumento das tarifas de eletricidade, o aumento das comparticipações nos cuidados de saúde públicos...


Se o Parlamento aprovar os cortes, ótimo, e se não aprovar, que seja. Temos de esquecer as maiorias, as minorias e as coligações. Não podemos perder um minuto. Barnier já mencionou a possibilidade de recorrer a decretos.

 

 

 

Fonte: https://mpr21.info/francia-se-encamina-hacia-una-bancarrota-sin-paliativos/

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