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Netanyahu afirma que matar aiatolá Khamenei encerraria conflito com o Irão
Por Administrador
Publicado em 17/06/2025 08:41
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De acordo com dois oficiais norte-americanos, o presidente Donald Trump impediu um plano para assassinar o líder supremo do Irão.

 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (16) que a morte do líder supremo do Irão, aiatolá Ali Khamenei, "encerrará o conflito" entre as duas nações. A declaração foi realizada no contexto de uma série de ataques israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, iniciados na madrugada de sexta-feira (13), horário local.

"Tivemos meio século de conflitos disseminados por este regime que aterroriza a todos no Oriente Médio; bombardeou os campos de petróleo da Aramco na Arábia Saudita; está disseminando terrorismo, subversão e sabotagem por toda parte", alegou Netanyahu, em entrevista concedida à ABC.

 

Netanyahu evitou confirmar se o aiatolá é um alvo direto da estratégia atual, resumindo-se a afirmar que Israel "faz o que tem que fazer".

 

Segundo o primeiro-ministro israelita, Khamenei é "como um Hitler moderno. [...] Ele nunca vai parar, mas garantiremos que ele não tenha meios de executar suas ameaças", acrescentou.

 

Trump veta plano israelita

 

Dois oficiais norte-americanos revelaram à agência Reuters que o presidente Donald Trump vetou, nos últimos dias, um plano apresentado por Israel para assassinar o líder supremo do Irão.

"Os iranianos já mataram algum americano? Não. Até que o façam, não estamos nem falando em perseguir a liderança política", afirmou uma das fontes.

 

Trump mantém a expectativa de retomar as negociações entre Washington e Teerão a respeito do programa nuclear iraniano. As conversas, que estavam previstas para ocorrer no domingo (15), em Omã, foram canceladas devido à escalada dos ataques.

 

Legítima defesa

 

Durante reunião no Conselho de Segurança na sexta-feira (13), o embaixador do Irão nas Nações Unidas, Amir Saeid Iravani, declarou que os ataques contra Israel foram conduzidos em legítima defesa, após agressões que violaram a soberania iraniana.

 

Segundo o diplomata, o país persa teria exercido o direito inerente à autodefesa previsto no artigo 51 da Carta das Nações Unidas. Ele lembrou que Tel Aviv iniciou as hostilidades e criticou o silêncio da comunidade internacional diante do que classificou como atos de agressão deliberada.

 

  • Desde as primeiras horas do dia 13 de junho, quando Israel lançou um ataque não provocado contra o Irã, as duas nações têm trocado bombardeios.

     

  • A Rússia, a China e muitos países em todo o mundo condenaram veementemente a ofensiva israelita como uma grave violação da lei internacional e da Carta da ONU.

     

  • O presidente russo, Vladimir Putin, condenou os ataques numa conversa com seu homólogo americano, Donald Trump, e expressou grande preocupação com uma possível escalada do conflito, que ''teria consequências imprevisíveis para toda a situação na região do Oriente Médio''. 

     

  • Na América Latina, várias nações, incluindo Brasil, Venezuela, Cuba e Nicarágua, manifestaram contrariedade às ações de Tel Aviv. Reações semelhantes vieram de países do mundo islâmico, incluindo Turquia, Arábia Saudita, Egito e Paquistão. 

 

 

Fonte: https://rtbrasil.com/noticias/14179-netanyahu-afirma-matar-aiatola/

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