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Carta aberta ao Major General Agostinho Costa
Por Administrador
Publicado em 20/06/2025 10:01
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Senhor Major General Agostinho Costa:


Sei da improbabilidade de alguma vez V.Exa. ler estas palavras. Mas, acredite, milhares de pessoas – das que valem a pena – têm iguais preocupações às que me levam a escrevê-las. A CNN, num dia em que se achou mais distraída, escolheu-o para comentador e analista dos duros eventos que por muitos e desvairados lugares ocorrem. No início, tínhamos o prazer de o ouvir a solo. Mas, como V.Exa. não se comportou como a quadrilha esperava e, sabendo que tinha ganho demasiado prestígio junto de muitos telespectadores interessados nos temas abordados e na qualidade das suas abordagens, decidiu, já que não podia “dispensá-lo” – grande seria a bronca -, passar a “marcá-lo em cima”, como diz um amigo dado à análise futebolística. E, para o efeito, escolheu o pior que havia lá por casa. Não se atrevendo a pô-lo em confronto com o seu camarada de armas Isidro Morais, avançou com umas senhoras que, como V.Exa. teve já oportunidade de diagnosticar, juntam a ignorância e a preguiça do estudante cábula ao fanatismo mais desbragado. Volta e meia, acrescentam mais uma ou outra personagem para mais baralhar a cena. Tinha de dar mau resultado. E deu. A alentada dona Helena Gouveia, à falta de argumentos, brindou-o com um projéctil líquido constituído pelo conteúdo do copo de água que lhe atirou ao rosto, água essa que não era a substância inocente e inócua que os distraídos possam pensar, uma vez que incorria na possibilidade de toxicidade letal, posto que a dona Helena já tinha bebido por esse copo. Não por acaso, portanto, dona Helena foi excluída como sua parceira - honi soit… -, não fosse a assanhada dama, numa próxima oportunidade, atirar-lhe, não a água, mas o copo. O que constituiria crime que poderia configurar homicídio na forma tentada. A CNN excluiu, pois, a dita senhora da sua companhia para a proteger a ela, não para proteger V.Exa.

Hoje, foi – mais uma vez – uma assanhadiça valquíria que lhe estragou – e a nós – o serão. A dona Diana Soller – com dois ll, olé! – desatinou. E não gostou do modo como as suas desajeitadas palavras, (des)informações e ideias(?) foram refutadas e desmontadas pela análise de senhor General. Desatinou e desbundou. Gabo, senhor General, a sua beatífica paciência e aquela última tentativa pedagógica. Felizmente, a sua excitada interlocutora estava, penso eu, fisicamente longe de V.Exa. e não se lhe lobrigava arma ou projéctil com que o pudesse atingir. Segurança acima de tudo.


Devo sublinhar, em nome da justiça, que, por vezes, V.Exa. está acompanhado por um interlocutor de excelência, o prof. Tiago André Lopes. São esses os momentos que valem a pena, os quais podemos usufruir com a inteligência desperta – por sabermos que ela não será agredida – a alma em paz e o estômago calmo. Bem hajam os dois.


Finalmente, sem duvidar a coragem e pundonor com que V.Exa. enfrenta e continuará a enfrentar quem lhe atirem ao caminho, ouso exortar V.Exa. a não mais se sujeitar a essas peixeiradas, aos/às esquisitos/as interlocutores com que o tentam rasteirar e faça como o seu camarada de armas, o brilhante e implacável Major General Carlos Branco, que actua, as mais das vezes, a solo, em entrevistas em que os únicos trates presentes são alguns dos entrevistadores – para os quais o entrevistado chega e sobra.


Sei bem que podemos encontrar as análises do Major General Agostino Costa noutras sedes, onde pode falar à vontade sem ter abelhudos a atrapalhar. Parece até, a quem vê aqueles vídeos no Youtube, que os sul-americanos admiram e respeitam mais a sua figura que os “jornalistas e ofícios correlativos” cá da casa.


Faço a respeitosa continência a V.Exa. e só não dou a ordem de “apresentar armas” porque sou um homem de paz. Até ver.

 


J.G., oficial atirador de artilharia, aposentadíssimo, mas não morto.

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