O presidente chamou a ONU de "insignificante" e disse que ela não consegue impedir que Israel "continue matando mulheres e crianças inocentes".

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, fez duras críticas às instituições de governança global no seu discurso na reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), realizada nesta sexta-feira (4) no Rio de Janeiro.

O presidente brasileiro afirmou que as políticas de austeridade fiscal — impostas por instituições como o Fundo Monetário Internacional como condição para empréstimos — fracassaram em todos os países onde foram aplicadas, deixando as nações ainda mais pobres.

Ele fez um apelo para que o Banco de Novo Desenvolvimento continue lutando pela criação de uma nova moeda para lastrear o comércio internacional, em alternativa ao dólar.

"O problema é político", observou, conclamando os representantes de países presentes a buscarem iniciativas que contribuam para combater a miséria, priorizando a justiça social no lugar da guerra.

Nesse contexto, destacou que as Nações Unidas, que em outro momento histórico tiveram força para criar o Estado de Israel, hoje não conseguem sequer impedir que o exército israelita" continue matando mulheres e crianças inocentes". ''Há muito tempo que eu não via a nossa ONU tão insignificante", pontuou. 

Apesar das declarações, o presidente mostrou-se otimista, destacando que ''outro mundo é possível'', e concluiu destacando a importância do Banco do BRICS:

"Nosso Banco é mais do que um grande banco para países emergentes, ele é a comprovação de que uma arquitetura financeira reformada é viável e que um novo modelo de desenvolvimento mais justo é possível", finalizou.

Crédito da foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

Fonte: https://rtbrasil.com/noticias/15111-lula-critica-fmi-defende-nova/