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O dia em que os soviéticos e os americanos apertaram as mãos no espaço
Por Administrador
Publicado em 21/07/2025 09:33
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Em julho de 1975, enquanto o mundo ainda estava dividido pela Guerra Fria, um gesto no espaço marcou uma virada na história da exploração espacial. Em 15 de julho, a nave espacial soviética Soyuz-19, tripulada pelos cosmonautas Alexei Leonov e Valery Kubasov, decolou do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. Horas depois, do Cabo Canaveral, os Estados Unidos lançaram o módulo Apollo, com os astronautas Thomas Stafford, Vance Brand e Donald Slayton a bordo.


Dois dias depois, em 17 de julho, as duas espaçonaves atracaram a mais de 200 quilômetros da Terra. Foi a primeira vez que duas espaçonaves de países rivais se encontraram em órbita. Três horas após a atracação, o impensável aconteceu: Leonov e Stafford apertaram as mãos no espaço, um gesto simbólico que se espalhou pelo mundo e se tornou um ícone da cooperação internacional.


Este projeto conjunto, conhecido como Projeto de Teste Apollo-Soyuz (ASTP), foi o resultado de anos de negociações entre a NASA e a agência espacial soviética. Durante a era da détente, os dois países concordaram em colaborar em uma missão que demonstraria ser possível trabalhar juntos no espaço, apesar das diferenças ideológicas.


A missão durou cinco dias para a Soyuz e nove para a Apollo. Durante esse tempo, os tripulantes realizaram experimentos científicos, trocaram presentes, compartilharam refeições e realizaram coletivas de imprensa conjuntas. Eles até brincaram sobre os rótulos de vodca nos tubos de comida espacial, cortesia de Leonov.


O sucesso técnico foi retumbante, mas o impacto político foi ainda maior. Embora a cooperação espacial entre as duas potências não tenha continuado com a mesma intensidade nos anos seguintes, esta missão lançou as bases para futuras colaborações, como a estação Mir e a Estação Espacial Internacional.



Fonte e crédito da foto: @vamosarusia

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