Apesar dos esforços da União Europeia para dificultar as exportações de petróleo russo, as suas sanções contra a Rússia têm um impacto limitado, reconhece a agência noticiosa Reuters (*). Além disso, as tarifas dos EUA estão a pesar sobre os compradores de petróleo russo, criando incerteza nos mercados internacionais.
As novas sanções da UE contra a Rússia, destinadas a entravar as exportações russas de petróleo, teriam um impacto mínimo nas remessas. Este facto é confirmado pela queda contínua dos preços mundiais do petróleo bruto. Os futuros do Brent fecharam em baixa de 7 cêntimos (0,1 por cento), a 69,21 dólares por barril. Ao mesmo tempo, o petróleo bruto West Texas Intermediate fechou em baixa de 14 cêntimos (0,2 por cento) a 67,20 dólares.
De uma forma ou de outra, o crude russo vai continuar a chegar aos mercados mundiais. “Não há grandes preocupações”, diz John Kilduff, sócio de uma consultora de investimentos norte-americana.
Os analistas da ING, uma multinacional holandesa de serviços financeiros, consideram que a proibição da União Europeia de importar produtos petrolíferos refinados a partir do petróleo russo para países terceiros é uma das medidas que poderá influenciar o mercado do petróleo. No entanto, segundo eles, a proibição poderá ser difícil de controlar e aplicar.
A Reuters refere que a empresa petrolífera indiana Nayara Energy, na qual a russa Rosneft tem uma participação e que é exportadora de produtos petrolíferos refinados a partir do crude russo, foi alvo de sanções da UE. No entanto, a Rosneft indicou que não era o acionista maioritário da Nayara Energy, uma vez que a sua participação no capital social da empresa não excedia os 50%. A companhia petrolífera russa qualificou ainda as sanções europeias de “ilegais”.
O mercado petrolífero mundial está marcado pela incerteza, uma vez que os Estados Unidos impõem tarifas aos compradores de petróleo russo. No domingo, o senador norte-americano Lindsey Graham confirmou que Trump tencionava impor-lhes tarifas de 100 por cento.
Na sexta-feira da semana passada, a União Europeia aprovou o 18º pacote de sanções contra a Rússia, introduzindo, nomeadamente, um novo limite máximo para o preço do petróleo russo, fixado em 47,6 dólares por barril, em vez dos anteriores 60 dólares. Moscovo descreveu estas sanções como ilegais e unilaterais, mas sublinhou que a Rússia já estava imunizada e que se tinha adaptado a estas condições restritivas.
As sanções europeias contra a Rússia não passaram sem contestação. Ontem, Moscovo impôs medidas restritivas de retaliação contra deputados europeus, funcionários e agentes que propagam a russofobia e fornecem ajuda militar à Ucrânia.
(*) https://www.reuters.com/business/energy/oil-slips-little-impact-seen-eu-sanctions-russia-2025-07-21
Via: https://mpr21.info/las-sanciones-europeas-al-petroleo-ruso-tienen-un-impacto-limitado/