Só atacam em manada: O exército do Reino Unido lançou ataques contra alvos dos Houthis (Ansar Allah) no Iêmen em 29 de abril com forças americanas, disse seu Ministério da Defesa, confirmando oficialmente que a Grã-Bretanha se juntou à operação em curso contra o grupo apoiado por Irão.
Em um comunicado, o ministério disse que os ataques tinham como alvo "um grupo de edifícios" no sul da capital, Saná, utilizados pelos Houthis para fabricar drones, que o grupo usa para atacar navios no mar.
A Força Aérea Real enviou caças Typhoon para atacar esses prédios, lançando bombas de precisão após o anoitecer seguindo "um planejamento muito cuidadoso... para permitir que os alvos sejam perseguidos com um risco mínimo para civis ou infraestrutura não militar", acrescentou o ministério, observando que todos os caças voltaram em segurança.
EUA e Reino Unido lançaram ataques contra os Houthis pouco depois que o grupo começou a realizar ataques contra o transporte marítimo afiliado a Israel em resposta à guerra contra a Faixa de Gaza no final de 2023.
No ano passado, os ataques britânicos contra o Iémen diminuíram constante. O confronto no Mar Vermelho parou após um cessar-fogo ter sido atingido em Gaza em janeiro.
O confronto reavivou em março, quando os Houthis retomaram seus ataques contra o transporte marítimo e o presidente dos EUA, Donlad Trump, ordenou que o exército americano lançasse uma operação em larga escala para dissuadir o grupo. Desde então, mais de 1.000 ataques atingiram o Iêmen, ceifando a vida de quase 300 pessoas.
O Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou em seu comunicado que o seu último ataque contra o Iêmen "estava alinhado com a política de longa data do governo do Reino Unido, depois que os Houthis iniciaram sua campanha de ataques em novembro de 2023, ameaçando a liberdade de navegação no Mar Vermelho, atingindo navios internacionais e matando marinheiros mercantes inocentes."
John Healey, Secretário da Defesa do Reino Unido, disse que os ataques tinham como objetivo evitar mais ataques Houthis e acrescentou que uma queda de 55% no transporte marítimo através do Mar Vermelho tinha causado instabilidade regional e danificado a economia do Reino Unido.
A operação americana em andamento ainda não dissuadiu os Houthis nem rebaixou as suas capacidades militares. É provável que a adesão do Reino Unido não mude muito.
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