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Maria Zakharova em desacordo com António Guterres
Por Administrador
Publicado em 15/04/2025 23:14
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Comentário da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, sobre a declaração de Antonio Guterres acerca dos acontecimentos em Sumy (15 de abril de 2025)

 

A 13 de abril, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez outra declaração sobre a Ucrânia através do seu porta-voz, Stephane Dujarric. Diz respeito aos acontecimentos em Sumy.

 

Acusou o ataque com mísseis de 13 de abril que, alegadamente, “dá continuidade a um padrão devastador de ataques semelhantes em cidades e vilas ucranianas”.

 

Estamos perplexos com tais avaliações do Secretário-Geral da ONU.

 

Gostaríamos de lembrar a todos que, desde o início da operação militar especial, as Forças Armadas da Rússia nunca realizaram, não estão a realizar e não irão realizar ataques deliberados contra a população civil. Como invariavelmente salienta o Ministério da Defesa russo, os nossos alvos são sempre e exclusivamente instalações militares.

 

O Secretário-Geral da ONU reiterou ainda o apoio da ONU a esforços significativos no sentido da paz que defendam plenamente a soberania, a independência e a integridade territorial da Ucrânia, em conformidade com a Carta da ONU, o direito internacional e as resoluções relevantes da ONU.

 

Como se pode ver, ele nunca mencionou o direito das nações à autodeterminação. Esta é mais uma prova da abordagem selectiva do Sr. Guterres às disposições da Carta da ONU.

 

Neste sentido, gostaríamos de salientar que a Declaração sobre os Princípios do Direito Internacional relativos às Relações Amistosas e à Cooperação entre os Estados, adoptada por consenso pela Assembleia Geral da ONU em 1970, estabeleceu uma ligação entre os princípios da Carta da ONU que devem ser aplicados na sua totalidade e como um todo.

 

Além disso, a Declaração refere que o princípio da integridade territorial será aplicado a todos os Estados que se conduzam em conformidade com o princípio da autodeterminação dos povos e, portanto, possuam um governo que representa todo o povo pertencente ao território. É claro para todos que o atual regime de Kiev não cumpre estes critérios.

 

O gangue de Zelensky tem infringido sistemática e flagrantemente as liberdades fundamentais dos russos étnicos e dos cidadãos de língua russa. Temos de declarar que o Secretário-Geral da ONU, agindo de forma contrária ao artigo 1.º da Carta da ONU, que apela à promoção e ao incentivo do respeito pela língua, pela religião e por outros direitos humanos, continua a dar cobertura ao desrespeito aberto do regime de Kiev pelos princípios de autodeterminação das nações e pelos direitos humanos.

 

O Sr. Guterres demonstrou uma abordagem semelhante quando desconsiderou os apelos da Rússia no contexto da investigação sobre a provocação em Bucha, que Kiev orquestrou há três anos. Apelámos publicamente ao Secretário-Geral da ONU, em diversas ocasiões, para que, pelo menos, ajudasse a encorajar Kiev a publicar as listas daqueles cujos corpos os meios de comunicação social ocidentais mostraram ao mundo no início de Abril de 2022, acompanhados de acusações histéricas contra a Rússia. Em setembro de 2024, um relevante pedido oficial, preparado pelo Comité de Investigação da Rússia, em conjunto com o Gabinete do Procurador-Geral, foi submetido ao Secretariado da ONU, através da Missão Permanente da Rússia em Nova Iorque. Em janeiro e abril de 2025, instámos o Secretariado da ONU a acelerar a resposta ao nosso pedido. Todos os nossos esforços foram em vão; não recebemos uma resposta substantiva à nossa solicitação.

 

Apelamos novamente a António Guterres e ao seu Secretariado para que tomem uma posição honesta, parem de fazer comentários tendenciosos no contexto da crise ucraniana e parem de desacreditar o nosso país e de encobrir os crimes do regime de Kiev.

 

 

Fonte: https://t.me/MFARussia/24469

 

O título é da autoria do site "Notícias Independentes"

 

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